sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Queen - A História

Renato Ramos Moreira
Pólo de Osasco

Eu sei que a proposta era falar a respeito de um gênero musical, mas eu optei por falar especificamente de uma banda que admiro demais e é a minha referência em relação à música pop de boa qualidade: o Queen.

Queen – A História

O Queen é uma banda que vem sendo “rotulada” como banda de Rock, mas que transitou também por outros gêneros musicais, como o “Country”, o “Folk”, o “Boogie” e o “Funk”.

No final da década de 60, três estudantes universitários formaram uma banda chamada Smile.

O Smile tinha entre seus componentes: Brian May: guitarra (que foi o responsável pelo início da banda), Tim Staffel: baixo e vocais (amigo de Brian desde os tempos de colégio) e Roger Taylor: bateria (que entrou para a banda atendendo a um anúncio de Brian que procurava um baterista).

Após um disco gravado pelo selo Mercury com pouca divulgação e menor repercussão ainda, Tim resolveu deixar a banda e um então aluno da Ealing School of Art, amigo de Roger, que costumava acompanhar todos os shows da banda, se ofereceu para substituí-lo, chamando a atenção dos demais pela ousadia.

“Porque é que vocês estão a perder seu tempo fazendo o que fazem? Vocês deveriam fazer mais material original. Deviam ser mais expansivos na forma como passam sua música para o outro lado. Se eu fosse o seu cantor era isso que eu faria.” Esse era o jovem Freddie Mercury, que com essa atitude acabara de entrar para o grupo.

Além da mudança no visual, Freddie também propôs um novo nome para a banda: Queen.
O nome Queen, como o próprio Freddie descrevia, era “régio e tinha um som explêndido”.

Após alguns shows pelas casas noturnas de Londres, os baixistas iam e vinham da banda, até que um tímido estudante de eletrônica chamado John Deacon fez um teste para entrar para a banda e finalmente completou o time.

John encantou a todos com sua maneira de tocar e seu jeito tímido. Freddie se formou como designer com honras e utilizava todo seu talento criativo em prol do Queen.

Além do visual do grupo, ele se responsabilizou por criar um logotipo que tivesse a ver com a proposta do grupo. O logo foi criado utilizando o signo de cada um dos integrantes da banda.
No ano de 1973, após um ano de ensaios e composições, o Queen gravou seu primeiro disco, pelo selo Parlophone, sob a produção de Roy Thomas, chamado apenas Queen.

O disco não obteve o sucesso esperado, mas o produtor ainda acreditava na banda, então eles não fizeram turnê de lançamento do disco, entrando em estúdio no final do mesmo ano.

No ano seguinte lançavam Queen II, um disco muito mais trabalhado e com arranjos mais complexos. “Estávamos a tentar levar as técnicas de estúdio para um novo limite para os grupos de rock e fizemos tantos efeitos que acabamos por desgastar a fita até a um ponto que esta ficou transparente” disse Brian a respeito do álbum.

Com ele a banda ganhou força e fez sua primeira turnê por território Americano, mas que foi abandonada com apenas cinco shows feitos, após Brian contrair hepatite.

Sem que este estivesse totalmente curado, entraram em estúdio para o que seria a gravação de seu terceiro álbum: Sheer Heart Attack.

O single Killer Queen chegou então ao 2º lugar na parada da Grã-Bretanha. Com isso o nome Queen começou a ganhar força e seus shows cresciam em número e expectadores.

Em outubro de 1975 viria a público aquela que seria conhecida como a “obra-prima” do grupo: Bohemian Rhapsody e logo mais o álbum A Night at the Opera.

Após o lançamento de A Night at the Opera, o mundo “se rendeu” á música do Queen e este atingiu o patamar de estrela do rock e principalmente, estrela da música pop mundial.

Os discos que se seguiram foram recheados de sucessos e mesmo aqueles mais criticados são ainda aclamados pela reputação que a banda alcançou.

A vida particular dos membros da banda realmente era particular, muito se especulava, mas realmente, pouco se tinha certeza sobre ela.

Muitos boatos levaram o mundo a questionar Freddie sobre o seu modo de vida e uma possível doença adquirida. Ele era taxativo, sua vida pessoal era pessoal...

No ano de 1991, pouco tempo depois do lançamento de Innuendo, insistentemente questionado pela imprensa sobre sua condição de saúde visivelmente abalada, em 23 de novembro, Freddie convocou uma entrevista coletiva.

“Em segmento à enorme conjectura da imprensa na últimas duas semanas, desejo confirmar que o teste que fiz ao HIV deu positivo, tenho AIDS”. Ironicamente, no dia seguinte ele veio a falecer.
Freddie sabia de sua doença há anos, mas se recusava a confirma-la publicamente, pois queria manter sua vida privada o mais longe dos holofotes o possível.

Em abril de 1992 foi organizado um concerto em prol das vítimas da AIDS como Tributo à Freddie Mercury. Nele compareceram muitos artistas, cantando e tocando com seus grupos e dividindo o palco com os membros do Queen.

Os 72.000 ingressos foram vendidos em apenas 6 horas e toda a renda foi revertida a instituições ligadas ao tratamento dos portadores de HIV.

No mesmo ano de 1992 fora lançada a segunda coletânea oficial do grupo: Greatest Hits II e uma gravação de um show feito no estádio de Wembley em 1986, na turnê do disco A Kind of Magic.
Após o Tributo, John Deacon disse que sua vida como músico de banda estava acabada, ele não mais se reuniria a seus companheiros para shows ou turnês.

Após um hiato de três anos, os membros do Queen voltaram a se reunir para lançar um disco póstumo com algumas músicas já previamente gravadas por Freddie para o grupo e novas roupagens de outras feitas em sua carreira solo, o disco teve o sugestivo nome de Made in Heaven.

Mais dois anos se passaram e o grupo veio a lançar o que seria seu último disco com a participação de John no contrabaixo. Queen Rocks é uma coletânea das músicas mais roqueiras da banda, com uma música inédita – No One But You – uma clara homenagem ao eterno amigo e companheiro Freddie.

Nos anos seguintes ainda foram lançados um Greatest Hits III contendo alguns momentos do Tributo, um show gravado na década de 80 com o Título: Queen on Fire – Live At The Bown, em 2004 e a remasterização em áudio e vídeo da grande obra prima do grupo: A Night at the Opera, em 2006.

Atualmente, Brian e Roger levam o nome Queen a grandes estádios do mundo, com o antigo vocalista das bandas Free e Bad Company: Paul Rodgers e alguns músicos contratados, tendo lançado um disco ao vivo e mais recentemente (agora em setembro), um novo CD de studio.

Bibliografia:

St James, Mick - “Queen”
Site oficial: http://www.queenonline.com/

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