Pólo: Itapetininga
Prece em forma de canto
O Canto Gregoriano, é mais que um estilo musical, é uma prece cantada, sobretudo, uma oração.
Os cantos, na maioria, são trechos da Bíblia, em latim; onde a melodia é escrita em função do texto e, geralmente são cantados por monges.
Ao ouvir um canto gregoriano, automaticamente nos sentimos num clima de oração, independentemente se entendemos a letra ou não, não é um fator apenas musical, mas sim espiritual e emotivo.
O canto gregoriano é bem diferente da maioria das músicas que nossos ouvidos estão acostumados a ouvir. Ele é modal e não tonal, há uma amplitude de notas muito grandes, aonde se vai do agudo ao grave muito rápido e, por isso, não é fácil cantá-lo.
Como para todos os estilos, há uma necessidade de educação da voz para a aplicação desta técnica vocal.
Na verdade, é difícil até se acostumar a ouvir este estilo de canto, quanto mais reproduzi-lo. É um desafio que exige dedicação cotidiana.
Ele é considerado como a música oficial da igreja católica e geralmente é cantado a capela (sem acompanhamento instrumental), ou com acompanhamento de órgão. Também é conhecido como cantochão, a música mais antiga que conhecemos, com ritmos irregulares e uma única linha melódica (monofônica), que obedecia aos acentos das palavras.
O nome do canto gregoriano surgiu como uma homenagem ao papa Gregório Magno (590-604), que coletou e publicou muitas peças deste estilo, além de contribuir enormemente para o seu desenvolvimento.
O período de formação do canto gregoriano vai do século I ao VI, atingindo seu auge nos séculos VII e VIII, e, no princípio da Idade Média, ou seja, nos séculos IX, X e XI, começou sua decadência.
O Concílio Vaticano II (1962 e 1965) reformulou a liturgia, a partir de então, muitos padres deixaram de usar a batina, a missa passou a ser celebrada em português ou na língua de cada nação. Então, o canto gregoriano deixou de ser freqüentemente cantado, porém sobrevive até hoje, sendo cultivado, ensaiado, pesquisado e cantado de forma séria e constante pelo mosteiro de São Bento, em São Paulo, pelo Coral Gregoriano de Santos e pelo Coral Gregoriano de Belo Horizonte; todos muito conhecidos e conceituados. Contam com a participação de membros religiosos e pessoas que gostam de cantar e que se identificam com esta arte.
É isso mesmo! Hoje é possível para quem mora próximo aos lugares citados e que tenha disponibilidade para participar dos ensaios, cantarem este belíssimo estilo musical.
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